Ah, pra quê pensar nisso se ele voltou por mais uns dias até curar as dores de outro amor? Deixa esse orgulho de lado, menina aspirina, e dá um pouquinho do teu antídoto em troca dessas porçãozinhas de pseudo-carinho, desejo barato e promessas bobas.
Troca o disco e deixa aquele asco copiado de uma música do Queen virar um toquezinho de fundo, piano baixinho da Norah Jones. Mas você sabe desde criança, quando se arrebentava caindo da bicicleta sem rodinhas, que todo efeito passa e nem beijo de mãe faz sarar a feridinha que arde. E que depois do choro vêm as casquinhas. E que depois das casquinhas vem aquela mancha cinza que ninguém vê, só você: é a cicatriz que a faz lembrar, vez ou outra, de que precisa apertar os freios.
O problema é que no amor você tem pressa, acelera demais. Nunca chega ao fim da linha sem bater. E sempre retorna pro mesmo ponto de partida na esperança de uma hora chegar a algum lugar. Talvez seja esporte, uma forma nova de masoquismo. Mas um dia vai aprender, ainda sangrando, que doses pequenas não fazem efeito, pra certas coisas não há remédio e é melhor parar de insistir.
5 comentários:
Acho que a Menina Aspirina deveria deixar de ser Menina aspirina , ouvir Ricthie , Inspirar-se e Virar Menina Veneno ...
Hahahaha... vou dar a dica pra ela, João.
E num é que eu tenho um pouco da Menina Aspirina, para não dizer, bastante!!! haha.
Como sempre, arrasando...
E levante a mão quem nunca serviu de remedinho para alguém em vários momentos da vida.
Ow!!! depois ds momentos de escuridão na minha vida sem net!!!
AMEI ESSE TEXTO!!!!!
Cada dia melhor, hein?? sua baranga horrorosa!!
AMU VC!!!
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